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sábado, 2 de junho de 2012

SALVAR, PROTEGER E PRESERVAR OS CAVALOS SELVAGENS DE RORAIMA

SPPCASER
SALVAR, PROTEGER E PRESERVAR OS CAVALOS SELVAGENS DE RORAIMA


Cavalos de Roraima 


- Texto adaptado e reeditado por Paulo Lucena (etnólogo-indigenista) da OnG Caampa em 29/05/2012: – www.ongcampa.com.

Objetivo.

Temos a intenção programática de organizar viagens coletivas com possibilidades de contemplar e observar os animais no campo. Não serão roteiros turisticos regulares com fins econômicos, mas experiências eventuais de aventura e contemplação bucólica e preservacionista, para turismo laico e/ou investigatório-científico que poderão resultar em encontros luxuriantes e visões ambientais de encher os olhos e aguçar as perspectivas socioambientais de ação ambientalista protetora dos animais no Campo.



A Ong ambientalista pan-americana CAAMPA-Cooperação Antrópica Associativo- Ambiental Panamazônica, enquanto OSCIP-Organização da Sociedade Civil de Interesse Público brasileira, defende este Plano Científico e Programático, a desencadear brevemente (Exercício 2013), no sentido de agir sutilmente na sistemática e específica Proteção, Preservação e Conservação ambiental e ecológica dos Cavalos Selvagens de Roraima no seu habitat natural, em futuros Programas de Parceria e Cooperação fraternal com Pessoas, Entidades Sociais e/ou OGN-Órgãos Governamentais Nacionais que já estejam presentes e atuantes no Setor e no Subjeto Bio-Ecológico dos Cavalos Selvagens de Roraima, assegurando ações sutilmente isentas de interferência antrópica que possam desvirtuar a natureza e a íntegridade primitiva e genética da espécie preexistente que, lamentavelmente remanesce em franco processo de degradação e extinção em perspectivas previsíveis.

Cavalos Selvagens
Foto: JucáCavalos Selvagens de Roraima

Cavalos de Roraima
Foto: André
Cavalos Selvagens de Roraima trotando em deslocamento ambiental no Lavrado de Uiramutã.

O cavalo lavradeiro de Roraima, também chamado de cavalo selvagem, é um dos principais símbolos do Estado de Roraima e, por isso, normalmente é visto estampados em camisetas, ônibus e em outros espaços de souvenir, objetos e locais que representem a região. Além disso, esse animal vem sofrendo, durante séculos, adaptação biológico-ambiental às condições rústicas do lavrado, que o tornaram bastante resistentes. Uma das características que mais desperta o interesse das pesquisas é o incrível desempenho físico do cavalo lavradeiro, capaz de percorrer grandes distâncias em alta velocidade, alimentando-se apenas do capim do lavrado que, por sua baixa qualidade nutricional, é conhecido popularmente como FURA-BUCHO.

Cavalos Selvagens

Foto: J. Pavani
Cavalos Selvagens

correndo no lavrado

Foto: J. Pavani
... correndo no lavrado
O Cavalo Lavradeiro é um ótimo exemplo da ação da natureza que, ao longo dos séculos, foi eliminando os genes desfavoráveis, fazendo com que apenas os animais mais fortes e adaptados sobrevivessem.
Esses fatores levaram esses cavalos a apresentar características bastante peculiares: são animais pequenos (1,40 m), com alto índice de fertilidade, muito velozes (podem correr por 30 minutos a 60 Km/h), resistentes ao trabalho árduo e tolerantes a doenças e parasitas. Considerado um animal esperto, de porte elegante, o cavalo selvagem de Roraima tem olhos grandes, pernas fortes e flexíveis. É ótimo tanto para trotar quanto para galopar.
Os cavalos selvagens de Roraima vivem totalmente em liberdade. Alguns deles nascem e morrem sem terem tido nenhum contato com o homem. Costumam andar em bandos de apenas um macho adulto, um macho jóvem primogênito aprendiz e cerca de oito a dez fêmeas.
cavalos no galope
Foto: J. Pavani
cavalos Selvagens de Roraima em pleno galope migratório no Lavrado Boreal
bando galopando 
Foto: J. Pavani
Bando galopando no Lavrado
Este exótico símbolo de liberdade habita as planícies campineiras de Roraima, por aqui chamadas de lavrado. Chegaram ao Brasil pelo início do Século XVI (1718), com os colonizadores portugueses, secundados por fazendeiros Ibéricos. O cruzamento com outras raças da Região tem contribuído para a sua descaracterização racial primeva. A origem das numerosas manadas hoje selvagens foi a dispersão a partir das diversas fazendas que aqui se instalaram a partir da Colonização portuguesa e ibérica os  pioneiros do desbravamento de Roraima. Naqueles tempos considerado como Província do Rio Branco, e depois já ao Século XIX, como Município do Rio Branco-AM, e por último aos meados do Século XX Território Federal do Rio Branco e, finalmente, em 1972, elevado à categoria de Estado de Roraima.
Conta a história ancestral que, até finais do Século XIX, mais de dois mil cavalos selvagens habitavam a antiga Província do Rio Branco-AM, até seu estágio de Município de Rio Branco-AM no início d Século XX, hoje desde 1972 Estado de Roraima. Assediados e agredidos por Fazendeiros, que os capturavam para adestramento e utilização, hoje, esse número talvez não chegue a 200 indivíduos equinos campestres remanescentes.
Atualmente, os raros animais localizam-se, em diversas manadas de 8 a 12 cabeças a perambular principalmente na região de lavrado, nos Municípios Roraimenses de Amajari(SW), Uiramutã(W/NW), Normandia(N) e Pacaraima(N). Cada manada de 8 a 12 cabeças constitui-se na maioria de Éguas parideiras sob o domínio absoluto de um Garanhão secundado por um segundo Macho, jovem, o Primogênito, permitido na manada como aspirante a futuro Garanhão do Grupo após a morte senil de seu Pai líder da manada. Todos os outros machos que venham a nascer são abruptamente expulsos pelo Garanhão tão logo alcancem os limites da puberdade. E permanecem soltos e solitários nos campos à espera de alguma manada de que porventura o garanhão tenha morrido senil, e assim, o Macho livre empreenderá uma disputa violenta com o herdeiro novo Titular do Grupo de fêmeas órfãs-viúvas.
Por viverem em regiões de difícil acesso, muitos deles nascem, crescem e morrem sem ter contato com o ser humano, formando assim várias gerações livres do adestramento. Dizem os especialistas que os cavalos de Roraima não têm a elegância de raças nobres, como os mangas-largas marchadores ou os puros-sangues ingleses, mas ganham em galopagem e em resistência física. Durante a seca, percorrem grandes distâncias, fugindo das queimadas, e na busca de água para sobreviver e, na época das chuvas, ficam até quatro meses com as patas imersas dentro d’água. A raça ficou até conhecida como “pé duro”, pela resistência de seus cascos.
Cavalos no lavrado1
Foto: Jorge Macedo
Cavalos Selvagens de Roraima pastando no campo do lavrado 1
Cavalos no lavrado2
Foto: Jorge Macedo
... Pastando no campo do lavrado 2

Um comentário:

Rocio disse...

Olá, tenho vários cavalos e uma ficou ferida em execução. Eu quero saber se é aconselhável que compra Ketofen, porque é uma droga amplamente usada para outros animais. obrigado

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